Oh, dia chato esse! Se fosse possível voltarmos no tempo...
Falando nisso, lembrei de uma história que aconteceu com um guri há algum tempo atrás.
O seu apelido era Avatarento, pois era um cara de muito azar. Todas as coisas ruins na face da terra eram atraídas por ele.
Certo dia, Avatarento se descobriu em uma imensa caverna e não podia sair dalí, pois estava tão úmido lá dentro que a tocha que ele tinha junto apagou-se. E ele pensava em como foi idiota de ter trazido consigo uma tocha ao invés de uma lanterna dessas de LED, que são recarregadas à luz, já que isso não aconteceu há tanto tempo assim.
Avatarento, no momento em que se encontrava, pensou em várias possibilidades de sair da caverna: seguir algum barulho de água, ou do vento lá fora, ou até de algum animal que estivesse por perto: "um morcego", pensou ele. No entanto, não acontecia nada e Avarento pensou mais uma vez de como foi tolo em sair para explorar uma caverna, da qual nunca havia sequer ouvido falar por moradores perto onde morava.
O "Senhor Azarento", como costumava dizer a si mesmo, nunca conseguia perceber a sorte à sua volta. Depois de alguns minutos de tensão e pensamentos turbilhonados, lembou de que tinha junto consigo o celular. E mais uma vez pensou como era bocó por não ter se lembrado antes. Contudo, deu-se conta de que estava sem bateria, além de que não havia sinal que alcançasse dentro daquela imensa escuridão.
O silêncio era tão assustador quanto eram as vozes que não se calavam em sua mente de azarento desconfiado. Tentou movimentar-se para algum dos lados, mas imaginou haver algum obstáculo terrivelmente perigoso a cada passo que desse para qualquer lado desconhecido. E permaneceu-se ali, parado, por muito, muito tempo...
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